Entrelinha ( S. F ) : aquilo que está implícito entre duas linhas mudas.

Entrelinha não é um buraco de fechadura. É um risco de fora a fora, com letras garrafais. Uma pixação vermelha que berra no muro branco. Aqui, as palavras não rimam. A poesia dá lugar para as crônicas egocêntricas da minha percepção mundana.Entre e fique à vontade!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008


Estou organizando essa festa nesse sábado!
Com as bandas Fora de Si e Rádio Casual
Poesias de Patrícia Del Rey.
Performances de Camila Guerra, Leonardo Shamah e Bruno Resende.
Artes plásticas e Modelo vivo.
Exposição fotográfica de Tatiana Reis e muito mais!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Fim do diA

Merda. Odeio quando me sinto assim. Nem sei porque estou escrevendo isso, mas resolvi começar usar esse meu blog como uma válvula de escape hoje. Simples assim. Ninguém lê essa merda mesmo. Pronto vai ser um diário ambulante. Assim fica tudo registrado. Timtim por timtim. As asneiras e as pérolas em uma só mulher. Que coisa brega. Dá até vontade de rir. Mas não foi por isso que comecei escrever... Estou carente hoje. É fato. Queria um beijo e uma massagem bem feita nas minhas costas. Acabei de tomar banho. Um banho quente que não me relaxou. É muito chato quando o corpo pede algo que não podemos dar. Quando digo corpo englobo cérebro e boceta no mesmo pacote. Horrível essa palavra. Como algo tão belo, poético e sublime, pode ser chamado dessa maneira tão vulgar? A origem do mundo é uma palavra chula e porca. Pobre bocetinha... Quero deixar claro que quando falo de carência, não falo de sexo. Sexo é fácil. É só virar a esquina que você encontra aos montes. Mas eu estou falando de outra coisa. Algo raro, meu amor. Algo que revigore a alma. Talvez uma nova paixão fosse capaz de mudar o mundo... Fizesse sorrir mesmo com essa tremenda dor de cabeça. Não é romantismo. É saúde mental. Queria alguém que conseguisse melhorar a minha cara de exausta depois de um dia inteiro de produção caótica. Um som surge do aparelho que me torturou o dia inteiro. Não é que a solução vem em forma de rima distante? Delicia de fim de dia...rs

sábado, 2 de agosto de 2008

Começo

Depois de um mês fora é preciso voltar e escrever. Voltar a escrever. Sinto isso diariamente. Como se viesse junto com o despertar do sol. Escrever. Bolar ideias, pensar em rimas. O engraçado é que me encontro sem vontade alguma para recomeçar. Quer dizer, vontade até tenho. Mas recomeçar é sempre o difícil. Reiniciar algo que tá adormecido, parado , mofado não é para qualquer um.
Para nos arianos, recomeçar já acarreta uma certa perda de tempo. Se começamos algo, não há porque parar. O recomeço é um gasto extra de energia desnecessária. O melhor é viver tudo de uma vez, de uma maneira intensa e rápida. Na verdade, pensar em recomeçar algo que já me brocha um pouco. Voltar a ser o que já foi? No way.
Dizem que a ordem natural das coisas é permanecer como está. A inercia era pregava Newton e todos os caretas do mundo. "Fica como está e ponto final". Como se fosse possível se manter parado em cima da terra que roda. Emprego público, casamento, fast food. A busca inútil de tentar ser o mesmo sempre. Recomeçar algo que já foi feito.
Lembro que todas as minhas tentativas amorosas não tiveram repeteco. Talvez isso seja um erro ou orgulho demais. O fato é que na minha vida não há recomeço, apenas começo. Começar é bom. Coça a barriga, gera fogo, energia vital. Faz a gente cantar canções bobas no meio da rua. Começar é entrar de roupa no mar. Simples, imprevisível e delicioso. É ser novo de novo sem ter medo de errar.
E que o meu mundo esteja pronto para infinitos começos quando o sol raiar.